 |
 |
|
 |
|
Meu nome é Olívia Fraga, gosto de ler e é só isso que você precisa saber. |
|
 |
|
|
|
|
|
|
segunda-feira
 |
Chico Buarque é (in)TOCÁVEL parte II: desconstruindo o mito
Gostaria de homenagear o Sr. Roberto de Oliveira, diretor da série de documentários sobre Chico Buarque de Hollanda exibida pela DirecTV. Mesmo embalando tudo com uma roupagem excessivamente elegante - uma hora o artista caminha pela orla da praia carioca mais chique; depois, vai a Paris, a Roma - e vídeos assustadoramente emblemáticos da carreira do compositor, ele conseguiu fazer o Chico parecer um homem real. Sempre achei que Chico não fosse o cara tímido que pintavam por aí, nem tampouco o vermelhinho engajado até o pescoço (afinal de contas, ele não entrou para a guerrilha armada e seu exílio não teve nada de tão triste). As encrencas com a censura nascem da contestação óbvia ao AI5. Sem liberdade de expressão, Chico não conseguia publicar sequer uma letra com a palavra "pêlos". Ele lutava contra a ignorância dos militares, e creio que isso era tudo.
O documentário mostra que Chico sabe conversar, sabe sorrir, reconhece seu sex appeal e admite não ser pioneiro em muitas das coisas "originais" que faz. Vai desfilando uma porção de nomes quando o roteiro pede explicações sobre sua "alma feminina". Por outro lado, uma faceta por anos ofuscada é sublinhada pela edição de Roberto: Chico é melhor compositor quando está acompanhado (Francis Hime é seu parceiro mais profícuo), e principalmente quando compõe com um roteiro na cabeça - vide as canções com Edu Lobo nos espetáculos "Cambaio", "Ópera do Malandro", e em projetos como "O Grande Circo Místico".
|
|
 |
|
|
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home