Meu nome é Olívia Fraga, gosto de ler e é só isso que você precisa saber.
 
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domingo

A Copa do R... R de Ridículo
Justo ontem, quando preparava um post à altura de minhas elucubrações futebolísticas, chegou Zinedine Zidane atropelando o Brasil. Mas estava na cara: eu é que desmaiei enquanto preenchia o bolão de que participo no trabalho (eu e minhas amigas, Mônica e Suely, que racharam comigo o valor da aposta e devem estar tão... normais quanto eu). Se não fosse a França, seria qualquer outro adversário menos babão.
O fracasso da seleção canarinho só não é uma tragédia porque estava anunciado desde que a Copa começou, ou até mesmo antes dela. Desta vez não tem comparação, nem com 82, nem com 86, muito menos com 98. Nunca o Brasil teve um time tão estelar, tão mega-star. Tão exposto e tão badalado. Perder como 82 e 86 foi perder jogando bola, com um gosto de tristeza, sensação de que poderia ter ido mais longe se pudesse. Perder em 98 foi perder sem saber bem o porquê. E perder em 2006 é perder por pura apatia, cair por inanição. É seguir perdendo por cinco jogos, mesmo ganhando as partidas. A entrevista de Juninho Pernambucano ontem chamou minha atenção: não merecemos, não jogamos, e eu não quero mais estar na seleção brasileira. Esse cara sabe das coisas.
Perder desse jeito é como ver alguém apanhando por ter mexido com mulher de malandro: ninguém tem vontade de apartar a briga, porque o indignado tem toda a razão.

É provável que os expatriados que nos representavam soubessem que não existe "Seleção Brasileira". O que existe é um circo esportivo, montado de 4 em 4 anos, em que jogadores de futebol profissionais se dividem de acordo com o país de origem para disputar um caneco de ouro num torneio de 7 partidas, milhares de torcedores em estádios, milhões de "dinheiros"(dólares, euros) gastos e ganhos, bilhões de telespectadores. Nada muito diferente de um campeonato espanhol, de uma Eurocopa...
Eu não acredito em convulsões. Eu acredito em gente jogando mal. Muito mal. É tão difícil aceitar que o time brasileiro é só mais um? Que, à falta de talento nato, ganha-se por eficiência? Que para muitos, o futebol é apenas o jogo de quem erra menos?
Eu acredito em falta de entrosamento, em falha de comunicação, em panelinhas. E nunca acreditei em Ronaldo Fenômeno: um cara que urina em campo e ainda conta com a benevolência de um povo que acha graça não merece tapinha nas costas, não.
Confesso que me empolguei com a Copa das Confederações no ano passado. Mas nada como um dia após o outro: nesse meio-tempo, o Ronaldinho Gaúcho foi campeão pelo Barcelona em duas competições; nasceu o filho do Adriano; o Ronaldo Gordo perdeu alguns quilos; a Alemanha tá jogando lindamente; Portugal, quem diria, vai às semi-finais e o Zidane, o verdadeiro "fenômeno" do futebol, parece longe de se aposentar.

(PS1: o post pode ser alongado ou editado, de acordo com meu humor nos próximos dias... Futebol é um assunto muito complexo)

(PS2: no bolão eu chutei Brasil x Argentina na final. No mundo ideal era assim que devia ser!)

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